quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Lisboa, na boa.


A capital portuguesa é nosso portal. Pela Avenida da Liberdade e a Rua Augusta, entramos na Europa fazendo compras em grifes internacionais entremeadas pelo comércio local.
A famosa rua situa-se na baixa de Lisboa. Ela começa no famoso arco triunfal, e liga a Praça do Comércio, à Praça do Rossio. Homenageia a Augusta figura do rei D. José I.
Com uma esticada em Belém, passeamos pela arte contemporânea e a história, no Museu Berardo e o Mosteiro dos Jerônimos. O que nos encanta na Europa, podemos uusufruir logo na entrada, em nossa língua, e a preços bem atraentes.

Rua Augusta/Foto de Gustavo Alves

O International Design Hotel tem à testa o brasileiro Celso Assunção Terra. O empreendimento foi inaugurado este ano. Sua arquitetura demonstra a forma como Lisboa está mudando. A fachada do empreendimento se estende pela esquina do Rossio com o início da Rua Augusta. Durante as obras de reforma do prédio, que duraram quatro anos, o Patrimônio Histórico português não queria aprovar o lilás com que ele foi pintado - até o arquiteto responsável convencer as autoridades de que a cor era usa da nos prédios erguidos na re construção da cidade pelo Marquês de Pombal, após o terremoto de 1755.
O dilema no fim foi resolvido sem sofrimento. O comércio festeja ao longo da Rua Augusta, forrada com passeio de pedestres sobre calçamento de pedras... portuguesas, pois não?
Os desenhos no chão marcam o urbanismo lisboeta, costume que foi adotado no calçadão de Copacabana (o original foi um presente da Câmara de Lisboa à prefeitura do Rio em 1915).
Ao longo estão devidamente instaladas as multi Zara e H&M, ao lado de tradicionais lojas locais, sem nada de poluição visual, cartazes ou outdoors competindo para ofuscar concorrentes. O conjunto é tão agradável que você se sente estimulado tanto em explorar as marcas globais quanto em entrar nos ishtablisimentus que melhor traduzem Lisboa.
A Casa Pereira da Conceição foi fundada em 1933. Há formidável oferta de latas multicoloridas de chás, cafés e chocolates, distribuídos em armários de madeira e vidro, e um balcão Luís XVI onde antigas máquinas de moagem decoram o ambiente.
A Casa Canadá situa-se no segundo quarteirão, para quem anda em direção ao arco por onde se vai até a Praça do Comércio e à estátua do rei José I. Desde sua inauguração, em 1926, é especializada em bolsas, acessórios de couro e tecidos.
Joias e artigos de luxo são admiradas e compradas em várias lojas, no passeio e nos arredores. Destacam-se a Augusta Joalheiros e a Ourivesaria Diadema, na Rua Áurea, via paralela à Augusta que é local de concentração de joalheiros há séculos.
A Augusta portuguesa existe apenas para olhar vitrines e comprar: a rua comercial também é para contemplar, de preferência de uma das mesas dos restaurantes e cafés que há em seu início. Tanto os desenhos das calçadas quanto os prédios da arquitetura pombalina dos seus dois lados, de cinco pavimentos mais um terraço. Ou os artistas de rua, como músicos e os que se fazem de estátuas vivas - o tipo de distração que há em várias cidades, mas tem um poder irresistível de juntar curiosos em volta.
Na Confeitaria Nacional há o autêntico Bolo de Rei (a receita é secreta), servido no Natal.
As lojas Bacalhoaria Silva e Soares & Roberto, Hortelão, velhas vizinhas, e a Igreja de São Domingos.
A Gambrinus, uma das melhores cervejarias de Lisboa, fica por perto, mas já na Praça da Figueira e do Largo de São Domingos, em direção a rua que é um centro de compras chiques ao ar livre: a Avenida da Liberdade.
São belas casas portuguesas. Com certeza.
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