O Tejo desce da Espanha E o Tejo entra no mar, em Portugal Muita gente sabe disso. Mas poucos sabem qual é o rio de minha aldeia E para onde ele vai E donde ele vem E por isso, porque pertence a menos gente, É mais livre e maior o rio da minha aldeia.
Pelo Tejo vai-se para o mundo. Para além do Tejo há a América. E a fortuna daqueles que a encontram. Ninguém nunca pensou no que há para além Do rio de minha aldeia. O rio da minha aldeia não faz pensar em nada. Quem está ao pé dele está só ao pé dele. Alberto Caeiro, O guardador de rebanhos.
2 comentários:
Miles: É com prazer que visito o teu blog e encontro este lindo poema de Alberto Caeiro sobre o Tejo. Parabéns pelo blog!
um abraço, Susana
Susana, Honrado pelo prestígio, grato por tão gentil registro
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