quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Virtual prejuízo da Azul

A mais nova empresa de viação aérea do Brasil chega praticando o convincente apelo ao preço baixo para se estabelecer. Ademais, equipou sua frota com os mais modernos jatos, e escolheu bem a base de Viracopos como central de operações, onde será rainha.
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Os executivos da novel transportadora tem knowhow empresarial indiscutível, mas quem não pode ser traído por um elemento aleatório? Pois assim como o desmatamento, que é sólido, aparentemente nada teria a ver com a chuva, que é água, a designação escolhida ao batizado pode ser incompatível com a grandeza do alvo. A razão da minha observação é bizarra, mas provável, muito provável; e não posso saber como a AZUL sairá da armadilha excludente que ela própria criou para si.
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Desde os tempos da azul-marinho VARIG as rotas brasileiras mais rentáveis são aquelas saídas de Porto Alegre, até o Rio. A AZUL tem a mesma avaliação: enquanto aguarda a concessão para o Rio, através do Santos Dumont, ela escolheu CAMPINAS/PORTO ALEGRE como rota primordial.
Se no Rio e São Paulo pode haver alguma unanimidade, o Rio Grande do Sul, há muito, se divide em VERMELHO e AZUL. E para quem pense que isso possa ser inócuo, irrisório, ou infantil, informo que neste domingo um avião passou com uma faixa provocativa no estádio Olímpico e o caso já está no Tribunal de Justiça do RS.*
É certo que a TAM é vermelha, e ainda assim embarcam alguns gremistas, mas os colorados embarcarão num azul assumido, num veículo que até na publicidade coloca "TUDO AZUL"?
Ao escolher a cor, e reiterá-la pelo nome e pelo óbvio slogan, a companhia automaticamente exclui a metade do estado! Por certo com essa o americano ainda não conta. Mas vai se dar conta.
O remédio seria adotar pelo menos uma faixa vermelhinha, mas e o nome? Ai, ai.
Quem viver, verá!

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*A flauta aérea começou em 1998. Gremistas contrataram o serviço depois de o Inter cair no Brasileirão e o Grêmio passar às quartas-de-final. O serviço de domingo foi o 11º de Sperb com mensagens de torcedores. Apenas a Air Mídia, sua empresa, e um concorrente, fazem o trabalho no Estado. "Sempre sou contratado por grupo de torcedores, jamais pelos clubes." ZH, 11/12/2008. Sperb não revela o time pelo qual torce. Teme perder clientes.

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