A mais nova empresa de viação aérea do Brasil chega praticando o convincente apelo ao preço baixo para se estabelecer. Ademais, equipou sua frota com os mais modernos jatos, e escolheu bem a base de Viracopos como central de operações, onde será rainha.
.Os executivos da novel transportadora tem knowhow empresarial indiscutível, mas quem não pode ser traído por um elemento aleatório? Pois assim como o desmatamento, que é sólido, aparentemente nada teria a ver com a chuva, que é água, a designação escolhida ao batizado pode ser incompatível com a grandeza do alvo. A razão da minha observação é bizarra, mas provável, muito provável; e não posso saber como a AZUL sairá da armadilha excludente que ela própria criou para si.
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Desde os tempos da azul-marinho VARIG as rotas brasileiras mais rentáveis são aquelas saídas de Porto Alegre, até o Rio. A AZUL tem a mesma avaliação: enquanto aguarda a concessão para o Rio, através do Santos Dumont, ela escolheu CAMPINAS/PORTO ALEGRE como rota primordial.
Se no Rio e São Paulo pode haver alguma unanimidade, o Rio Grande do Sul, há muito, se divide em VERMELHO e AZUL. E para quem pense que isso possa ser inócuo, irrisório, ou infantil, informo que neste domingo um avião passou com uma faixa provocativa no estádio Olímpico e o caso já está no Tribunal de Justiça do RS.*
É certo que a TAM é vermelha, e ainda assim embarcam alguns gremistas, mas os colorados embarcarão num azul assumido, num veículo que até na publicidade coloca "TUDO AZUL"?
Ao escolher a cor, e reiterá-la pelo nome e pelo óbvio slogan, a companhia automaticamente exclui a metade do estado! Por certo com essa o americano ainda não conta. Mas vai se dar conta.
O remédio seria adotar pelo menos uma faixa vermelhinha, mas e o nome? Ai, ai.
Quem viver, verá!
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*A flauta aérea começou em 1998. Gremistas contrataram o serviço depois de o Inter cair no Brasileirão e o Grêmio passar às quartas-de-final. O serviço de domingo foi o 11º de Sperb com mensagens de torcedores. Apenas a Air Mídia, sua empresa, e um concorrente, fazem o trabalho no Estado. "Sempre sou contratado por grupo de torcedores, jamais pelos clubes." ZH, 11/12/2008. Sperb não revela o time pelo qual torce. Teme perder clientes.
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