O avião da espanhola Air Comet fazia o trajeto Madri-Buenos Aires. Impedido de cruzar o espaço aéreo brasileiro, preferiu voltar à Espanha. Segundo a FAB, a companhia não pagou as "taxas aeroportuárias" ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea).
Nem sabia de mais essa extorsão. Para ser fiscalizado, ainda tem que se pagar! Na verdade quem está pagando isso tudo somos nós, passageiros.
O aparelho vinha com trezentas pessoas à bordo. A empresa comunicou ao jornal El País a "falta de coordenação" das autoridades que controlam o espaço aéreo brasileiro. De acordo com a FAB, a empresa foi comunicada do problema com o pagamento na última quarta-feira.
O certo é que a empresa ibérica passa por incontornáveis dificuldades financeiras, acumulando um débito de vários milhões de euros à Segurança Social. A Associação Espanhola de Companhias Aéreas solicitou ao Governo de Zapatero uma linha de crédito de 600 milhões de euros para ajudar as empresas fundadas no país, valor que seria mais da metade absorvida pela Air Comet.
Detém seu controle acionário o grupo turístico Marsan, e suas primeiras operações datam de 1996. Suas linhas atendem Buenos Aires, Lima, Guayaquil, Quito, Bogotá, Havana, Cancún, México DF. A frota se padroniza nos Airbus - 320/30/40.
A empresa tem tarifaz bastante reduzidas, ainda mais se comparadas com as tabelas brasileiras. Esta viagem intercontinental ao Prata é vendida ao redor de 400 euros, ida e volta. As taxas, por certo incluídas as brasileiras, é que não se justificam: 300 euros.
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