Sobre Paraty
Paraty, Patrimônio Histórico Brasileiro fundado em 1667, com uma área de 917 km², localiza-se junto ao Parque da Serra da Bocaina, integra a APA - área de proteção ambiental do CAIRUÇU e está diante da baía da Ilha Grande. De um lado, o Atlântico, em um de seus mais belos cenários. De outro, a Serra do Mar, com uma consistente reserva da Mata Atlântica, que chega em determinados locais, como na vila de Trindade, até a praia, propiciando um dos mais belos cenários do litoral brasileiro.
Devido a esta localização privilegiada, a UNESCO reconheceu em 1993, o município, dentro da Reserva Mundial da Biosfera.
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É justamente sua localização que torna Paraty ainda mais interessante: está a maio caminho de São Paulo e Rio de Janeiro, entre Ubatuba (76 km ao sul) e Angra dos Reis (92 km ao norte). E Minas Gerais “está logo ali”.
Entre os 5 sistemas naturais considerados Patrimônio Natural pela Constituição Federal, 3 incluem territórios de Paraty: a Mata Atlântica, a Serra do Mar e a Zona Costeira. Juntos eles contabilizam 300 praias, 65 ilhas e numeras comunidades que compõem seus 35 mil habitantes. Aliás, um dos trunfos de Paraty na busca do título de Patrimônio da UNESCO é a presença em seu território das 3 etnias que formaram o povo brasileiro. Além das marcas do colonizador branco europeu, o município tem muitas comunidades caiçaras, um ex-quilombo e 2 reservas indígenas.
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Sua história começa na primeira metade do século 16 com o surgimento de uma comunidade litorânea no local conhecido hoje como Morro do Forte. Depois virou distrito, vila, condado, até tornar-se cidade em 1844, com cerca de 10.000 habitantes.
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Paraty, já considerada Monumento Nacional, manteve preservado o mais perfeito conjunto arquitetônico colonial brasileiro, com construções dos séculos 17, 18 e 19. Suas ruas calçadas de pedras irregulares, chamadas pés de moleque, encaixadas uma a uma e com harmonia pelas mãos escravas, perpetuam a época do Brasil Colônia, quando o município chegou a ser o segundo porto mais importante do país, depois do Rio de Janeiro. Ali era embarcado o ouro vindo das Gerais que seguia para Portugal.
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O local também ficou famoso pelas festas típicas e religiosas, o grande movimento de homens e bens de consumo e a pinga produzida artesanalmente em seus alambiques, festejada desde os tempos do império entre as melhores do Brasil..
Hoje em dia há 7 alambiques que produzem pinga artesanalmente em Paraty: Vamos Nessa, Coqueiro, Maré Alta, Murycana, Itatinga, Corisco e Maria Isabel. Produzem juntos de 200 a 300 mil garrafas por anos. É muito? Não... Este número nem se compara à quantidade de engenhos que a cidade teve em meados de 1700: mais de 100. Toda esta produção é celebrada há mais de 20 anos no mês de agosto, quando acontece o Festival da Pinga.